O “volume” na linguagem visual refere-se à percepção de tridimensionalidade de um objeto ou forma dentro de um espaço. Diferentemente do plano, que é bidimensional e define a superfície de trabalho, o volume sugere profundidade, altura e largura, contribuindo para a sensação de corpo e espaço ocupado por um objeto. No design e na arte, a representação de volume é essencial para criar a ilusão de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais, como papel ou tela, bem como na concepção e produção de objetos reais no espaço tridimensional.

“A trajetória de um plano em movimento (em outra que não a sua direcção intrínseca) se torna um volume. Tem posição no espaço e é limitado por planos. No desenho bidimensional o volume é ilusório.” Wucios Wong

Quando Wong menciona que “a trajetória de um plano em movimento (em outra que não a sua direção intrínseca) se torna um volume,” ele está a referir-se à ideia de que, ao mover um plano através do espaço ao longo de um caminho que não é paralelo à sua superfície (ou seja, em uma direção que não é intrínseca ao próprio plano), cria-se a ilusão de volume. Este conceito é um lembrete poderoso de que o volume, especialmente em contextos bidimensionais, é muitas vezes uma questão de perceção guiada pelas leis da perspetiva e pela forma como organizamos e interpretamos visualmente os elementos num espaço.

Funções do Volume:

1. Percepção Espacial: O volume ajuda a criar a percepção de espaço e profundidade em uma composição, permitindo ao observador entender a relação espacial entre diferentes elementos. Isso é crucial tanto na representação artística quanto no design de objetos reais, onde a funcionalidade e a estética dependem da compreensão clara de suas formas tridimensionais.
2. Sugestão de Materialidade: Através da manipulação de luz e sombra, textura e cor, é possível sugerir a materialidade dos objetos representados, dando pistas sobre o seu peso, textura e consistência. Esta capacidade de evocar sensações táteis através da visualização de volume é fundamental para a comunicação eficaz de características materiais.
3. Expressão e Emoção: O volume pode ser utilizado para expressar emoções ou qualidades específicas de objetos e personagens. Por exemplo, volumes maciços e pesados podem transmitir solidez e estabilidade, enquanto formas esbeltas e delicadas podem evocar leveza e fragilidade.

Tipos de Volume:

• Volume Geométrico: Refere-se a volumes com formas claras e definidas, como esferas, cubos e cilindros. Estes são frequentemente utilizados na arte e no design para criar composições com uma sensação de ordem e precisão.
• Volume Orgânico: Descreve formas que imitam as encontradas na natureza, com contornos irregulares e complexos. Estes volumes são usados para adicionar dinamismo e interesse visual, evocando a imperfeição e a beleza do natural.

Importância do Volume na Composição Visual:

A representação eficaz de volume é essencial para a criação de obras visuais que comunicam tridimensionalidade e profundidade, enriquecendo a experiência do observador. No design de produtos, a compreensão do volume é fundamental para garantir que os objetos não só pareçam esteticamente agradáveis, mas também funcionem de acordo com as suas intenções. Na escultura, o volume é o meio primário de expressão, com a forma tridimensional do trabalho definindo a sua relação com o espaço e o observador.